quinta-feira, 11 de abril de 2013

Canção do exílio

Depois de entendermos um pouco sobre o Romantismo Brasileiro, vamos voltar nossos olhares à Canção do exílio, escrita em Coimbra pelo poeta Gonçalves Dias, quando este, exilado, sonhava em voltar para sua pátria.

       

       CANÇÃO DO EXÍLIO
      (Gonçalves Dias)

Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar – sozinho, à noite –                                                                                                   Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
         
          Escrita em Coimbra, julho de 1843.



O Romantismo no Brasil

Olá pessoal!
Hoje disutiremos sobre o romantismo no Brasil.
Vamos lá?


Romantismo no Brasil

O romantismo iniciou-se no Brasil oficialmente em 1836, com a publicação de Suspiros Poéticos e Saudades, de Gonçalves de Magalhães. Em poucas palavras, podemos dizer que a literatura romântica atendia as necessidades de uma classe em ascensão naquele momento: a burguesia. Desta forma, o movimento romântico estava intrinsecamente ligado a política nacional e propunha a construção de uma literatura essencialmente brasileira.
O romantismo brasileiro teve 3 fases. A primeira delas é denominada de nacionalista ou indianista, aqui os autores escreviam em torno de uma temática nacional, em que estavam presentes temas como o indianismo, o saudosismo, a religiosidade. Nesta fase destacaram-se autores como Gonçalves de Magalhães (1811-1882) e Gonçalves Dias (1823-1864).
Na segunda fase, intitulada de o mal do século, os poetas traduzem na arte literária a melancolia e o tédio que sentiam perante a vida. É nesta fase que o movimento romântico atinge seu auge, caracterizando o homem como um ser egocêntrico, depressivo, que muitas vezes deseja a morte, reconhecendo nela a única forma de solução para seus problemas. Cabe ressaltar que boa parte dos escritores dessa fase se inspirou na obra do inglês George Gordon Byron. No Brasil merecem destaque autores como Álvares de Azevedo (1831-1852), Casimiro de Abreu (1836-18600, entre outros.
Na terceira e ultima fase do romantismo – a condoreira – os autores retratam a decadência monárquica e as lutas abolicionistas. Desta forma a vida dos escravos é um tema recorrente nas obras. No que tange essa questão devemos destacar Castro Alves (1847-1871), o baiano que devido a sua obra, recebe o nome de “poeta dos escravos”. De maneira geral os poemas retratam as injustiças sociais sofridas pelas classes oprimidas. Na prosa devemos destacar a obra de Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882), Manuel Antônio de Almeida (1831-1861), José de Alencar (1829-1877), Visconde de Taunay (1843-1899), Franklin Távora (1842-1888). No teatro por sua vez, destacou-se Martins Pena (1815-1848).



Referência:
MAIA, Raul [editor]. Projeto didático de pesquisa. São Paulo: DCL, 2009.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Sejam bem - vindos

Olá amigos,
sejam bem - vindos a esse espaço em que discutiremos sobre assuntos relacionados à literatura em nosso país. Vocês estão convidados a participarem do nosso bate papo!

Grande abraço,
Hayamy Ribeiro.